quinta-feira, 1 de novembro de 2012

PORTUGAL 5 x LIBIA 1




Para o jogo de estreia da Selecção Nacional, disputado no Korat Chatchai Hall em Nakhon Ratchasima, Jorge Braz optou por um cinco inicial composto por João Benedito, Cardinal, Ricardinho, Gonçalo e Arnaldo.
Portugal entrou muito pressionante, com agressividade na pressão ao portador da bola e, não raras vezes, a colocar a primeira linha defensiva junto da área da Líbia.
Os líbios sentiam enormes dificuldades em construir jogo organizado, inclusive cometendo vários erros não forçados.
Com 1’26’’ decorridos, Cardinal dispõe de uma grande oportunidade, conseguindo isolar-se e a rematando forte de zona frontal para defesa do guardião líbio. Na jogada seguinte, pontapé de canto ensaiado com nova grande oportunidade para Cardinal, que volta a não conseguir finalizar com eficácia.
No mesmo minuto nova oportunidade soberana com passe magistral de Arnaldo a pedir a emenda de Gonçalo Alves que incrivelmente acerta no poste.
O domínio avassalador de Portugal havia de materializar-se pouco depois, com Cardinal, na ala, com pouco ângulo, a conseguir iludir o guarda-redes adversário e a marcar o primeiro para a equipa das Quinas.
Mesmo a ganhar, Portugal não tirou o pé do acelerador, sentindo uma grande superioridade sobre o adversário, que não lograva criar qualquer perigo junto da baliza de João Benedito.
O balde de água fria iria chegar aos , quando um facilitismo da defesa portuguesa permitiu o remate frontal de Fathe Ahmed, que resultaria no 1-1.
Portugal acusou um pouco o golo, perdendo, por momentos, algum critério na construção ofensiva e os líbios sentiram uma maior confiança, aproximando-se com mais frequência da baliza lusa.
Jorge Braz começou então a mexer no cinco português, fazendo entrar João Matos, Pedro Cary, Marinho e depois Paulinho, para os lugares de Cardinal, Arnaldo, Gonçalo e Ricardinho, respectivamente. Portugal procurava jogar de forma mais dinâmica, perante uma Líbia apostada em defender em linhas muito recuadas.
Pedro Cary assumia-se como o jogador mais rematador de Portugal na segunda metade do primeiro tempo, mas o guardião Bensaed ia evitando, com mais ou menos dificuldade, o avolumar do resultado.
Só que o crescendo de Portugal haveria de materializar-se aos 15’58’’ com novo golo de Cardinal: bola colocada na área por Arnaldo, tentativa de alívio sem sucesso do defensor líbio, que Bensaed não conseguiu também resolver e Cardinal, oportuno, a fazer o 2-1.
A 2’58’’ do intervalo, hat-trick para Cardinal. A jogada começa por iniciativa do jogador do Rio Ave, que numa combinação de grande classe com Arnaldo volta a receber a bola mais à frente para fazer o 3-1 com que terminaria o primeiro tempo.
No reatamento do jogo, Jorge Braz colocou Nandinho em jogo no lugar de Arnaldo, mantendo Ricardinho, Cardinal e Gonçalo no quatro de campo.
A segunda parte começaria com um grande susto, com um mau posicionamento defensivo português a permitir que um jogador da Líbia aparecesse sozinho no coração da área lusa. Felizmente para Portugal, a finalização não teve sucesso.
Aos 2’40’’, excelente rotação de Portugal, com Gonçalo a colocar a bola longa em Cardinal e a aparecer sozinho em zona de finalização, só que Gonçalo não foi feliz na tentativa de chapéu ao guardião Bensaed.
A 16’20’’ do fim uma iniciativa individual do guarda-redes líbio ia-lhe custando caro. Nandinho recuperou a bola e tentou um chapéu de trás do meio-campo que foi embater com estrondo na trave. Portugal voltava a assumir um domínio claro da partida.
A 15’24’’ momento de grande infelicidade para as duas equipas. Um choque entre Cardinal e Bensaed numa disputa de bola deixou os dois jogadores lesionados aparentemente com gravidade, tendo inclusive de serem retirados de maca do recinto.
A 13’17’’excelente trabalho individual de Nandinho a finalizar com classe com um remate rasteiro que só parou no fundo das redes agora defendidas por Al Sharif.
O 5-1 chegaria nem um minuto depois, com um passe longo de João Benedito directo para a cabeça de Marinho, que conseguiu fazer o desvio para o golo com sucesso.
Portugal continuava a estar muito activo ofensivamente e as oportunidades iam-se sucedendo com uma frequência impressionante. A cinco minutos do fim chegava uma boa notícia, com a reentrada de Cardinal na quadra, recuperado do choque com Bensaed.
Aos 16’, Pablo Prieto pediu tempo morto e apostou no guarda-redes volante para tentar uma aproximação no resultado, mas Portugal mostrou segurança defensiva e não permitiu grandes veleidades ao conjunto africano. O 5-1 manteve-se inalterado até ao final.
Destaque final para um lance genial de Ricardinho que merecia golo e que concerteza será uma das jogadas a ficar na retina deste Campeonato do Mundo.
Portugal foi competente na estreia, à excepção de algum facilitismo defensivo após o primeiro golo mas o conjunto de Jorge Braz deixa boas indicações para os restantes jogos, onde terá de conseguir melhorar os índices de finalização perante equipas mais poderosas do que a Líbia.

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