quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Portugal 1 x Brasil 3


Erros comprometem.........

O jogo começou com um Brasil começou muito activo no ataque logo a alvejar a baliza de Benedito com meio minuto de jogo decorrido. Na resposta, Arnaldo rematou cruzado com perigo aos 1’30’’.
O avançar dos minutos trouxe uma «canarinha» mais perigosa, com Fernandinho, aos 2’, em posição frontal a rematar ao poste da baliza de João Benedito. O Brasil criava rupturas através de uma gestão perfeita dos tempos do jogo, trocando a bola com paciência e depois acelerando repentinamente com movimentações muito rápidas que criavam muitas dificuldades aos portugueses na adaptação defensiva.
Em termos ofensivos, Portugal sentia problemas em acercar-se com perigo da baliza de Tiago e perante as linhas subidas dos brasileiros, surgiam várias perdas de bola nas tentativas de saída de pressão na zona dos 6 /7 metros. Portugal tentava resolver de forma individual – por Paulinho, Djô ou Marinho – em vez de procurar fazer a diferença através da dinâmica colectiva.
Aos 10’07’’ excelente arrancada de Cardinal na ala direita e assistência para Marinho que, já próximo da baliza, não consegue desfeitear Tiago com sucesso. Era um dos lances mais perigosos de Portugal na 1ª parte e o início de uma fase de crescendo dos comandados de Jorge Braz. Logo depois nova oportunidade para Portugal, assistência de Ricardinho para a cabeça de Gonçalo Alves, que falha à boca da baliza a emenda.
Aos 11’30’’, lance de insistência de Cardinal, a ganhou um ressalto e a rematar com perigo, com a bola a passar a poucos centímetros do poste direito da baliza de Tiago.
Mas se Portugal não conseguia marcar, apesar de estar por cima do jogo, o Brasil não iria perdoar: falha defensiva de Portugal, com bola cruzada da ala esquerda, assistência de Fernandinho de cabeça para Simi, que na cara de João Benedito não falhou. Estávamos com 11’47’’.
Portugal não se deixou ir abaixo e reagiu da melhor forma possível através de Cardinal, num golo brilhante, resultado de combinações múltiplas entre o pivô do Rio Ave e Ricardinho aos 13’27’’. Sem dúvida, um dos golos mais bonitos deste Mundial.
O empate veio colocar equilíbrio na contenda, com Portugal mais confiante e imprevisível e um Brasil com um jogo de aparência muito simples mas ao mesmo tempo extremamente intenso, com combinações curtas para a progressão ofensiva e movimentações constantes.
A 1’30’’ do final do primeiro tempo, Gonçalo beneficia de um 2x1 mas deixa-se antecipar no momento do remate por um corte providencial de um defensor brasileiro.
Na segunda parte o Brasil voltou a entrar mais dominador, com Portugal a tentar apostar nas transições rápidas para chegar à baliza brasileira. Por várias vezes chamado a intervir, João Benedito evidenciou classe e segurança nas suas acções.
Aos 3’56’’ grande arrancada de Ricardinho na ala a passar em velocidade por dois adversários e a ser travado apenas em falta, a terceira para o Brasil, que valeria também um cartão amarelo a Vinicius.
Aos 6’56’’, falta de Arnaldo a dar livre perigoso para os brasileiros. Bola cruzada por Neto para o coração da área com Rafael Rato a falhar por muito pouco a conclusão de calcanhar.
Aos 8’12’’ perda de bola de Paulinho na ala, recuperação rápida de Fernandinho, que depois de combinação simples com Simi não teve dificuldades em empurrar para o fundo da baliza portuguesa.
Novamente Portugal reagiu bem ao golo sofrido e aos 09’50’’, contra-ataque com 3x2 conduzido por Cardinal, que assiste Gonçalo que remata um pouco ao lado da baliza brasileira.
Aos 12’41’’ um dos lances mais marcantes da partida, com João Benedito a ver o cartão vermelho directo depois de jogar com as mãos fora da área impedindo o atacante brasileiro de alvejar a sua baliza.
Em inferioridade numérica e já com André Sousa entre os postes, Portugal esteve perfeito a defender e conseguiu manter as redes invioláveis numa situação de grande sufoco.
A 3’24’’ do fim, Jorge Braz solicitou tempo morto para preparar a última fase do jogo e tentar que Portugal voltasse a estar por cima do jogo. A 2’20’’ Gonçalo entrou para se assumir como guarda-redes volante, contando com Nandinho também na ala direita para procurar desequilíbrios na defesa brasileira.
Ricardinho quase marcava a 1’37’’ do final com um enorme remate a que Tiago correspondeu com uma defesa portentosa.
A 45’’ do fim balde de água fria com um mau passe de Gonçalo a ir parar aos pés de Neto, que não enjeitou a oportunidade de fazer o 3-1.
Em suma, Portugal protagonizou uma boa exibição frente ao Brasil, mostrando que a diferença entre os dois países estão mais curtas do que em anos anteriores mas ainda assim revelando alguma imaturidade em algumas tomadas de decisão que se revelaram fatais para a conquista de pelo menos um ponto.

fonte: 5x4

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