domingo, 4 de novembro de 2012

JAPÃO 5 X PORTUGAL 5


DEPOIS DE ESTAR A GANHAR 5-1 PORTUGAL DEIXA - SE EMPATAR......

Utilizando a terminología tão característica de Jorge Braz, poderemos dizer que a entrada de Portugal no jogo com o Japão foi, além de competente, excelente. Isto porque os jogadores portugueses entraram de forma séria, responsável e positiva no encontro que o seleccionador havia ontem definido como “o mais importante” nesta fase de grupos.

Logo aos 49 segundos João Matos fez o 1-0 e empolgou Portugal, que nos primeiros 8 minutos do jogo lançou um verdadeiro assalto à baliza nipónica. A insistência lusa, menos mecânica e mais imprevisível do que no encontro com a Líbia, continuou a ser recompensada aos 1’48’’, quando Ricardinho, de cabeça, finalizou um lance de esforço que o guarda-redes Kawahara não foi capaz de segurar.

Sem tirar o pé do acelerador, Portugal continuou a assumir as despesas do jogo e aos 8’50’’ Cardinal fez o 3-0. Um resultado à partida inesperado mas inteiramente justo pela atitude irrepreensível dos comandados por Jorge Braz.

Ainda assim, a Selecção Nacional não se coibiria de apanhar um susto, quando aos 10’36’’, uma movimentação ofensiva dos japoneses bloqueou o defensor português que pressionava o portador da bola e permitiu a Kaoru Morioka encontrar espaço para, de meia distância, bater João Benedito, que neste lance não poderia fazer melhor.

Jorge Braz procurou conter uma reacção entusiástica dos japoneses, solicitando de imediato o seu tempo morto e a opção revelou-se frutífera já que Portugal voltou a exibir a personalidade com que entrou no jogo e Cardinal, aos 11’56’’, num movimento de rotação típico de pivot, voltou a colocar a vantagem lusa em três golos de diferença, fazendo o 4-1.

Se o resultado já parecia muito bom, tornar-se-ia óptimo a 2’50’’ minutos do fim, com Ricardinho, depois de um bailado frente aos defensores japoneses, a rematar com sucesso para o 5-1.
O intervalo aproximava-se e não chegaria sem novo susto para os portugueses, com um lance em que Cardinal facilitou ao fazer um passe sem olhar e ofereceu a bola a Hoshi, que aos 18’15’’ não enjeitou a oportunidade de fazer o 5-2, resultado com que os jogadores recolheriam aos balneários para um merecido descanso.

A segunda parte começou com o Japão a procurar inverter o rumo dos acontecimentos, entrando mais dominador e a tentar alvejar de meia distância a baliza de João Benedito que, chamado a intervir, resolveu sempre com segurança.
Sempre que Portugal conseguiu impedir o jogo interior dos japoneses – muito confortáveis a jogar entre linhas -, foram muito raras as vezes em que estes se acercaram com perigo da baliza de Benedito.

Aos poucos, Portugal voltou a equilibrar a contenda e foi-se aproximando, paulatinamente, da baliza de Kawahara, quer com remates dos 10-12 metros, quer tentando chegar com uma progressão mais apoiada ao interior do último quarto da quadra.
A 9’ do final, Miguel Rodrigo apostou no guarda-redes volante para promover uma aproximação no marcador, e bastaram 50 segundos para que tivesse sucesso, com Kitahara a aproveitar um ressalto para fazer o 5-3.

Portugal sentiu o golo e uma falha defensiva iria permitir que, aos 32’47’’, Morioka aparecesse solto na ala esquerda e empurrasse para o 5-4, facto que levou Jorge Braz a pedir, de imediato, o seu tempo morto, de forma a procurar evitar o golo do empate.
Só que os japoneses conseguiriam capitalizar a sua crescente confiança, com Portugal a permitir que os japoneses trocassem a bola com muita paciência, de forma pensada e acabassem por criar desequilíbrios na defensiva lusa. Aos 35’48’’ o Japão chegaria ao 5-5, algo impensável quando ao intervalo Portugal se apresentava tão bem no jogo.

Miguel Rodrigo continuou a arriscar no guarda-redes volante, procurando a vitória mas a melhor oportunidade, até final, pertenceria a Portugal quando, a cinco segundos do fim, Marinho lançou Cardinal, que rematou para uma grande defesa do guarda-redes improvisado.

O empate acaba por premiar a excelente atitude dos japoneses na segunda parte e castigar a permeabilidade defensiva de Portugal, que pareceu pouco proactivo na segunda parte, limitando-se a reagir às opções tácticas dos nipónicos. No entanto, há que realçar a fantástica primeira parte de Portugal, que se conseguir eliminar algumas desconcentrações defensivas, poderá ainda vir a dar que falar neste Campeonato do Mundo.

Apesar da desilusão, Portugal soma agora quatro pontos e está muito perto dos oitavos-de-final, aos quais poderá chegar como segundo classificado ou como um dos melhores terceiros. Tudo irá depender da última jornada, que se joga quarta-feira, em que Portugal irá defrontar o Brasil e o Japão jogará com a Líbia.

fonte: 5x4

Sem comentários: